HISTORIAS E CURIOSIDADES
Um resumo da arvore genealógica brasileira e de nossas raízes africanas
Em meados de 1978 no século XVIII na África houve guerra entre Dhaomé e Nagos, quase que total extermínio do povo KETU que também fora muito atingindo com o trafico de escravos para o Brasil, junto deles um pouco de cada tribo viram para nosso pais.
Na chegada aqui no Brasil as mulheres escravas vindas da África fundaram em meados 1810 a irmandade Nossa Sra. da Boa Morte sendo instituída a primeira Ialorixá (YA AKALA) e os homens escravos em meados 1765 fundaram a sociedade Nosso Sr. dos Martírios o primeiro babalaxe (ESSA ASIKA), fundando assim juntos o primeiro Ilê Ase, ILÊ OMI ASE AYRA INTILÉ, (nomes instituídos as irmandades segundo ao sincretismo religioso, devido a perseguição ao culto aos orixás), as mulheres durante muito tempo foram responsáveis pela compra da alforria de inúmeros escravos, devido a facilidade de a compra ser realizada por mulheres mesmo sendo negra.
A sociedade formada pela irmandade das mulheres não admitia homens como babalorixás, coisa que na África não acontecia, então deu inicio a nossa formação religiosa, tínhamos as nações e por isso o axé iria se modificar. No período da escravidão no Brasil, os negros formavam suas comunidades nos engenhos de cana.
Na Bahia, princesas, na condição de escravas, vindas de Oyó e Keto, fundaram um centro num engenho de cana, depois se agruparam num local denominado Barroquinha, onde fundaram uma comunidade de Nagô Ilè Asé Airá Intilè também conhecida como Candomblé da Barroquinha, que segundo historiadores, remonta mais ou menos 300 anos de existência, dentro do perímetro urbano de Salvador, sabe-se que esta comunidade fora fundada por três negras e um negro africano cujos nomes são: Adetá ou yá Detá, yá Kalá, yá Nassô segunda Ialorixá e Babá Assiká, ESA Obitikô chamado de Rodolfo Martins dos Santos, também conhecido como Bangbose. Não se tem certeza de quem plantou o Axé, porém o Engenho Velho se chama Ilé Iya Nassô Oká.
Tendo como sucessora de Ya Nassô a Obatosy Ya Marcelina terceira yalorixá, Após a morte desta, duas das suas filhas, Maria Júlia da Conceição e Maria Júlia Figueiredo, disputaram a chefia do candomblé, cabendo à Maria Júlia Figueiredo Omonikê que era a substituta legal (Ya Kekeré) tomar a posse de Mãe do Terreiro sendo a quarta Ialorixá. Maria Júlia da Conceição afastou-se com as demais discidentes e fundaram em 1849 outra Ilé Axé YA OMI ASE YAMASSE o Terreiro do Gantois.
Oba Biyi Nome de batismo Eugênia Anna Santos Foi iniciada na nação de Ketu em 1884, aproximadamente, pela yalorixá Marcelina da Silva, Obá Tossi, na rua dos Capitães, residência de Maria Júlia Figueiredo, Omonikê. Maria Bibiana do Espírito Santo, Mãe Senhora Oxum Muiwà, conta que depois da morte de Marcelina da Silva, Eugênia Anna Santos, fez santo Afonjá no Engenho Velho, com Tia Teófila, Bangbose e Tio Joaquim. Indagada sobre essa segunda feitura no santo, Maria Bibiana do Espírito Santo afirmou que "isso tinha que ser feito, porque Xangô deu dois nomes na terra de Tapa, Ogodô e Afonjá". Fundou o Ilê Axé Opô Afonjá no Rio de Janeiro em 1895 e em Salvador em 1910.
Tendo a partir de Maria Júlia Figueiredo Mãe do Terreiro Ilè Asé Airá Intilè sendo a quarta Ialorixá, seu axé desmembrado em 3 grandes casas de axé existente ate a data atual conforme o breve relato acima sendo eles os terreiros, YA OMI ASE YAMASSE (Gantóis), Ilé Iya Nassô Oká (Engenho velho), ILÊ AXÉ OPÔ AFONJÁ.
Dando continuidade a nossa arvore genealógica no Brasil a partir dai dando continuidade já em relação a minha arvore genealógica de axé, também surgiu um ourto grande axe o da GOMÈIA, a principio estabeleceu seu axé em espaço que recebeu de herança por sua madrinha na rua da Goméia em Salvador no bairro da Liberdade. Em 1948 mudou-se para o Rio de Janeiro, estabelecendo seu terreiro da Goméia, na Rua General Rondon, em Duque de Caxias fundado por João Alves de Torres Filho conhecido como Joãozinho da Goméia ou Londirá descendente de escravos por parte de pai.
Foi iniciado por volta de 1930 por Severiano Manoel de Abreu, conhecido como Jubiabá nome dado ao mesmo devido a fama de seu caboclo a qual pertencia o nome, cultuando candomblé de caboclo no Morro da Cruz do Cosme na Bahia, e após sua morte tornou-se filho de santo de Samba Diamongo (Edith Apolinária de Santana) Mametu Nkisi do Candomblé Bantu do terreiro Kinasaba de Salvador, filha-de-santo do terreiro de Maria Nenê, irmã de barco de Manoel Bernardino da Paixão fundador do Terreiro Bate Folha.
Proveniente do "Terreiro Bate Folha" Com a morte de seu Pai-de Santo, em 1966, outro momento repleto de contradições: João voltou à Bahia e deu obrigação e tira a mão de Vumbi e comemora bodas de prata com Mãe Menininha do Gantois que na época comandava o terreiro YA OMI ASE. Foi o primeiro homem que ela permitiu que vestisse o Orixá e dançasse em público virado no santo. Depois, ele fez a festa no Rio de Janeiro, para os filhos que não puderam ir à Bahia.
Porém, é fato que, embora o próprio Joãozinho até o fim da vida continuasse tocando tanto angola quanto keto, a partir desse momento passou a insistir com seus filhos-de-santo para que seguissem uma orientação única, optando entre keto ou angola.
A partir do axé da Goméia, nasce o axé Toloke ILÈ ASÈ OFÀ OMI OJÚ, fundado por Regina Célia dos Santos Magalhães YA TOLOKE foi iniciada quando menina na Bahia na casa de axé do babalorixá Lourenço de Lembá como era conhecido, mas foi adotada pelo babalorixá Joãozinho da Goméia aos 10 anos de idade, sendo uma das suas filhas-de-santo preferida pela sua dedicação aos Orixás. Regina então passou a conviver na roça da Goméia em Salvador rua da Goméia no Bairro da Liberdade, local onde Joãozinho ergueu sua Casa de Axé, Regina foi levada por um casal para trabalhar no Rio de Janeiro, e nesse meio tempo o Babalorixá Joãozinho da Goméia abria sua roça no município de Duque de Caxias/RJ. Mãe Tolokê então passou a conviver com o Babalorixá Joãozinho da Goméia, onde ia aprendendo o ritual de candomblé, participando de diversos filmes acompanhado o Joãozinho da Goméia durante os anos de 1950 a 1953.
Em 1956, mudou-se para a cidade de Santos acompanhada pelo amigo Babalorixá Valdomiro de Xangô, casa-se de novo tendo uma filha de seu segundo casamento Rosangela. Ela fica encantada com a cidade resolve ficar e abrir a sua primeira casa de axé no bairro de Areia Branca em 1959 em seguida compra uma chácara em Itanhaém/SP e levanta a sua definitiva casa de axé com o nome ILÈ ASÈ OFÀ OMI OJÚ na chácara Recanto do Amanhecer, onde após sua morte o axé é assumido por sua única filha YA SESI MEAN Rosangela.
Raiz e descendência do meu axé
Chegamos ao inicio de minha trajetória e descendência fui iniciado por IYA VERA DE OYÁ (VERA LUCIA REGINALDO) iniciada aos 22 anos de idade po sr Samuel de xango, dando suas obrigações de Odu kam e Odu Meta com Sr Talabi de oxoguian, findando suas obrigações de Odu Ije e Odu Erinlá com YA Toloke, abrindo sua casa de axé ILÊ ASÉ OYÁ FUNKÉ em 1988 na cidade de Praia Grande no bairro Samambaia no litoral de São Paulo após alguns anos transferido para a cidade de Peruibe também no litoral de São Paulo. No ano de 2014 ocorre a junção do ILE ASÉ OYA FUNKÉ ao ILE ASÉ EGBÉ OMÓXÁLÁYRÁ axé de seu filho carnal e herdeiro o BABALORIXÁ FLAVIO DE AYRÁ, iniciado em 1977 no Rio de Janeiro pelo babalorixá Igitode de Omolú, tomando suas obrigações de Odu kam e Odu meta com Omindare de Oxum e seu Odu Ije com IYA Toloke.
Fui iniciado na nação Ketu em 22 de Maio de 2000 pela Yalorixá Vera de Oyá do Ile Ase Oyá Funké e filho pequeno de Babakekerê Flávio de Ayrá. Dando continuidade a minha trajetória no axé Ile Asé Oyá com Yalorixá Iraci de Oyá , onde arriei minhas obrigações de Odù Kãn, Odù Metà e Odù Ijé. Após 12 anos retorno ao meu axé de origem, hoje sobre o comando do Babalorixá Flávio de Ayrá do ILE ASÉ EGBÉ OMÓXÁLÁYRÁ, fundado em 2014 herdeiro do ILE ASÉ OYA FUNKÉ. Onde arriei meu Odú Erinlá dando assim seguimento a minha vida de Axé.
Babalorixá Carlos d'Yemanjá